domingo, 30 de setembro de 2012

RadioLeitura com entrevista e sorteio

Surdez e leitura é o tema desta edição do RadioLeitura. E, para enriquecer o assunto, o programa conta com a presença da professora de LIBRAS Lucyenne Matos da Costa Vieira Machado.

Sorteio:
Livro do mês de setembro: Viagem ao céu, de Monteiro Lobato
Premiado: Fernando Correia - Serra, ES.

O sorteio de outubro será da obra Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós. Silvana Pinheiro comenta essa publicação literária.

sábado, 29 de setembro de 2012

O que eu estou lendo!


Histórias ìntimas - Sexualidade e erotismo no história do Brasil
Mary Del Priore
Ed Planeta 2011



Uma beleza de tema, que é muito curioso, principalmente por detalhes que não são contados nos nossos livros de História do colégio como o uso da sacristia pelos enamorados há anos e anos atrás.
A leitura se faz muito agradável.


Tatiana Brioschi
Vila Velha ES Brasil



O que estou lendo é o convite desta RELer&fazer, a fim de fortalecer a relação em rede que estamos construindo em prol do exercício da leitura.
Será instigante:
envie-nos seu comentário sobre o que você está lendo.
Será estimulador
: escreva um texto, entre 250 e 300 caracteres, com o vigor de seu olhar, e envie para reler.e.fazer@uol.com.br. Pode ser em formato PDF ou Word.
No texto, coloque também seu nome, sua cidade e seu país, e as referências do objeto de leitura (livro, filme, pintura, fotografia, escultura, arquitetura [...]).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

RadioLeitura



Ricardo Aiolfi, Anna Morello e El-Buainin se deixam revelar com simpatia e cumplicidade e permitem que se veja um pouco dos bastidores do RadioLeitura.

Comunicação Social - Jornalismo, Artes Plásticas e Letras-Português são os cursos com os quais cada um se envolve mais de perto. E o RadioLeitura faz parte dessa jornada.

Aos três meus agradecimentos.

Santinho Souza
                                                                                                                   

Momento CÁPSULA

Não tenhas pressa e não percas tempo.                                       
                                    José Saramago

quinta-feira, 27 de setembro de 2012






Caminhos da Arte no Rio de Janeiro 
provoca um diálogo entre as artes e a cidade por meio de  passeios guiados.

Nos cenários que se vão organizando, o participante é estimulado a descobrir outras maneiras de olhar: Rioarte, RiOeducação, RIOpatrimônio, RIOmemória, RIOsustentabilidade e RIOturismo.

A pé ou de ônibus, com o olho na tela ou em pensamento, o percurso está na sua escolha.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Bibliotecas nos espaços mais movimentados das cidades

A iniciativa de disponibilizar livros ao público gratuitamente em espaços fixos - como terminais e estações de metrôs - ou mesmo de forma itinerante, é sempre louvável. E se esses espaços têm ganhado mais expressão no meio social é porque um número expressivo de pessoas tem aproveitado para ler mais, sem precisar desembolsar qualquer quantia em dinheiro.

Bibliotecas em estações de metrô e terminais de ônibus

Fonte: Repórter Brasil Online

Tem mais: Biblioteca itinerante em Minas Gerais

No Espírito Santo
:

Os terminais de integração da Grande Vitória abrigam bibliotecas por meio do projeto Biblioteca Transcol. Segundo a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), cada uma das cinco bibliotecas distribuídas pelos terminais efetua, em média, 55 empréstimos por dia.
Fonte: site da Certub-GV/Projetos/Biblioteca Transcol.

O que estou lendo!




José e Pilar: conversas inéditas
Miguel Gonçalves Mendes
Companhia das Letras, 2012

Saramago lhe veio da alcunha do pai. Entre Lisboa e Lanzarote, sem sonhos e ambições, o caminho foi o traçado de linha reta, por razões éticas, políticas e ideológicas. Um momento de decisão, o mais importante, talvez, e estava com 60 anos: ser ou não ser escritor. Cosmopolita, aos olhos e rumores de Pilar; um ao outro se dando o que mais lhes pudesse faltar.

Santinho Souza
Vitória ES Brasil



O que estou lendo é o convite desta RELer&fazer, a fim de fortalecer a relação em rede que estamos construindo em prol do exercício da leitura.
Será instigante:
envie-nos seu comentário sobre o que você está lendo.
Será estimulador
: escreva um texto, entre 250 e 300 caracteres, com o vigor de seu olhar, e envie para reler.e.fazer@uol.com.br. Pode ser em formato PDF ou Word.
No texto, coloque também seu nome, sua cidade e seu país, e as referências do objeto de leitura (livro, filme, pintura, fotografia, escultura, arquitetura [...]).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RadioLeitura e Pablo Neruda

Um dos destaques do programa de rádio de 23 de setembro de 2012 foi uma conversa afinada com as professoras e pesquisadoras de Literatura Espanhola Maria Mirtis Caser e Edna Parra Cândido.

O que estou lendo!

O Príncipe & Maquiavel Sem Ideologias
Hingo Weber
Vozes, 2007

Livro O Principe e Maquiavel sem Ideologias da editora VOZES
Anos atrás li O Príncipe. Para mim, o texto do pensador florentino é brilhante e nunca enxerguei nele, como dizem, um escritor maquiavélico. Fichte, filósofo alemão, foi o primeiro a desdemonizá-lo e, agora, Hingo, resenhando, ratifica sua genialidade.

El-Buainin Vieira Machado 
Vila Velha ES Brasil



O que estou lendo é o convite desta RELer&fazer, a fim de fortalecer a relação em rede que estamos construindo em prol do exercício da leitura.
Será instigante:
envie-nos seu comentário sobre o que você está lendo.
Será estimulador
: escreva um texto, entre 250 e 300 caracteres, com o vigor de seu olhar, e envie para reler.e.fazer@uol.com.br. Pode ser em formato PDF ou Word.
No texto, coloque também seu nome, sua cidade e seu país, e as referências do objeto de leitura (livro, filme, pintura, fotografia, escultura, arquitetura [...]).

Vivaleitura

DESTAQUE
Última semana para inscrição para o Prêmio Vivaleitura

Esta é a última semana para inscrição na edição 2012 do Prêmio Vivaleitura, organizado e coordenado pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN/Minc), por intermédio do PROLER, vinculado à Coordenação Geral de Leitura da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB). São três categorias, “Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias”, “Escolas públicas e privadas” e “Sociedade”, e, na edição 2012, serão premiados com R$ 30 mil os seis melhores projetos em cada uma delas. Os interessados podem acessar ainda o vídeo no qual a Secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Lucília Garcez, esclarece questões como prazo para envio de material, forma de inscrição e critérios da avaliação, entre outros. As inscrições estão abertas até sexta-feira, 29/9. O prêmio tem apoio do MEC, OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos), Consed (Conselho de Secretários de Estado da Educação), Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), Fundação Banco do Brasil e Fundação Santillana.
Veja aqui o vídeo sobre como participar do Prêmio Vivaleitura. Para mais informações, acesse www.premiovivaleitura.org.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Leitura e Cinema

A leitura vai ao cinema dá prosseguimento à sua programação nesta segunda-feira, 24, no Cine Metrópolis, com a exibição de Coração de Tinta - o livro mágico.
24 de setembro de 2012
19h

Entrada franca

Cine Metrópolis, Campus Universitário de Goiabeiras - Ufes

A leitura vai ao cinema
 tem como objetivo acolher, no Cine Metrópolis, o público estudantil com matrícula regular no ensino médio e no EJA. Exibido o filme, os estudantes participam de uma conversa animada sobre cinema e leitura.


RadioLeitura e Pablo Neruda

Neste domingo (23 de setembro de 2012) fará 39 anos que morreu Pablo Neruda. A próxima edição do Radioleitura, então, homenageará esse grande escritor. 

Não perca! Às 9h30 na Rádio Universitária 104.7 FM.

Gilbert Chaudanne na FAFI


ARTE TERAPIA OU ARTE LOUCURA?

O que eu quero mostrar nessa palestra é que nossas concepções sobre a função social, psicológica, metafísica da arte é baseada num malentendido.

O malentendido mais grave é o de achar que a arte é subjetiva. Não! A arte é tão objetiva como uma ciência. Porque a arte toca o Ser e como tal adquire um brilho que só o ouro e o rei têm.

Achar que a arte é terapia pode ser uma bela armadilha. Ela, em certos casos, pode até ser isso, mas em outros casos no lugar de "curar", ela pode aumentar o desequilíbrio mental porque há na arte um lado entorpecente que é a busca de um absoluto. Toda arte quer o absoluto. Todo quadro quer ser o quadro de todos os quadros. E assim há como um deslise perigoso do sujeito-artista que é capaz de pagar com sua razão (ele se torna louco nessa busca do Ser Absoluto).

Pintar um bule parece uma ocupação inocente, mas não é: daí o conceito perigoso da "arte-terapia", mas a prática da arte tem algo quase criminoso; o sujeito-artista comete uma espécie de suicídio para alcançar o Ser, o quadro absoluto.

A história de vida de Van Gogh é mais que sintomática. É a prova desse absoluto que (nesse caso de Van Gogh) tomou a forma de um sol que queimou o próprio artista.
 
Mas assim, se oferecendo em sacrifício, Van Gogh nos ensionou a olhar o sol "olhos nos olhos" sem ficar cego. (A cegueira de toda visão: Bhagavad Gita). E assim a arte aparece como sendo uma superconsciência que paradoxalmente pode levar à loucura. Porque, se se pode tornar louco por falta de consciência, também se pode tornar louco por excesso de consciência. Os artistas, os poetas sobretudo, porque são consciências em estado de turgescência ou de abertura de eclosão como uma rosa, e por isso mesmo se tornam mais frágeis. Ser consciente é ser mais frágil.

E é dessa fragilidade que surge a obra de arte.

Não é por acaso que o símbolo da consciência é a rosa ou lótus, flores belas e efêmeras (como todas as flores).

Gilbert Chaudanne
Nessa palestra, não tomo partido cortante, mas mostro como a arte é ambivalente: ela pode ser tanto São Jorge como o Dragão. Não! Na arte, não é sempre São Jorge que vence o Dragão.

22 de setembro 
Escola de Teatro, Dança e Música FAFI
                
Av. Jerônimo Monteiro, 656
Centro
Vitória ES

Momento CÁPSULA

A grande tarefa nossa de passar pelo mundo é exatamente a da briga constante,
permanente, pela busca do ser mais.                                       Paulo Freire

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O traçado na garganta

       Logo cedo passo os olhos em A Gazeta - jornal capixaba de circulação em todo o estado do Espírito Santo -, que me chega diariamente impresso a meu canto de recolhimento doméstico de chão e de verde.  Recolho o jornal e o desobrigo de sua proteção de plástico, localizo uma manchete aqui, guio-me por outro caminho de notícia, giro mais uma folha...

Hoje, minha curiosidade ganhou clareza em Lobato e sua voz embaraçada por um corte premeditado de uma tesoura em sua garganta. Em Opinião, p. 17. Lá estava Luiz Fernando Veríssimo a me dizer e a tantos outros leitores de seu entendimento sobre como lidar com a obra lobatiana.

Como se sabe, Monteiro Lobato vem dando esclarecimentos, ou melhor, sua obra Caçadas de Pedrinho está sob forte pressão em nível do Supremo Tribunal Federal, por conter trechos com vigor de racismo. Essa é uma das leituras, leitura possível. A audiência de conciliação realizada na
terça-feira, 11,  e mediada pelo ministro Luiz Fux não provocou consenso. Talvez na reunião de 25... Está divulgado em Universia, em O Mossoroense e ainda  em  O Globo G1 Vestibular Educação.

Caçadas de Pedrinho foi publicado em 1933, ano e cenários da primeira metade do século XX. Muito tempo de história! A era do livro impresso se vai e se esvai a galope, e se constata baixíssimo envolvimento com o efetivo exercício da leitura no Brasil.

Valho-me de Veríssimo: O essencial é que não se prive nenhuma criança brasileira de ler Monteiro Lobato. Mas tomo a liberdade de acrescentar: é preciso e necessário que o indivíduo leia Lobato  na íntegra, sem corte na voz. Nesse sentido, o essencial e imprescindível é que o país inteiro, com suas variadas cores, tenha o direito de ler e encarne o dever de ler, para que possa e saiba ancorar propostas de reescrita com ética e estética.

A escola é lugar deste compromisso: fazer da leitura a base da escolaridade e da cidadania. Eliana Yunes, no programa Sem Censura de 6 de agosto, dá conta desses enlaces e desencontros. Aqui ou aqui.

O texto de Luiz Fernando Veríssimo está disponível em O Estadão.

Santinho Souza