sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ficção e a perda de leitores

FOLHA DE SÃO PAULO
Sexta-feira, 11 de janeiro de 2013 13h46

Entre os escritores, como em geral costuma acontecer, o debate sobre mercado e arte gera um tanto de controvérsia e de discórdia.

"O autor que se guia pelas tendências do mercado deixa de ser um artista para ser um comerciante", diz Marçal Aquino ("O Invasor"). É principalmente por falta de conhecimento, crê, que o público consome pouca ficção nacional.

"É a velha questão, temos que investir na formação dos leitores. A ficção ainda é muito associada à diversão rápida. O leitor prefere ler uma biografia, pensa 'vou ler algo que me ensine alguma coisa'."

Sérgio Sant'Anna ("Um Crime Delicado"), um dos principais autores nacionais, diz que nunca teve pretensão ao best-seller. "Entendo tão pouco disso que nunca tinha me dado conta de que a não ficção faz mais sucesso."

Cada um de seus livros vende, em média, 5.000 exemplares, número que considera satisfatório.

"O que é bom não vende muito. O pessoal não tem nível intelectual para consumir um livro de maior qualidade. O Jô vende muito porque é da televisão. Se tirar a TV, ele não entra mais nas listas."

Continue lendo aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário